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26/04/2017

Rastreabilidade de medicamentos é tema de destaque na FCE Pharma 2017

Com novos prazos para implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, indústria deve estabelecer sistema experimental de rastreabilidade até o final deste ano.

Um dos assuntos que têm dominado os debates do setor farmacêutico é a implantação de tecnologias de rastreabilidade nas embalagens de medicamentos. Agora, essa mudança ganhou prazos mais definidos. Com as novas regras para o funcionamento do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, a indústria tem o prazo de um ano para a implementação de um sistema experimental.

Diante desse cenário, nada mais coerente do que escolher este como um dos principais temas da FCE Pharma - Exposição Internacional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica, que acontece de 23 a 25 de maio, no São Paulo Expo. "A FCE Pharma é a principal plataforma de marketing e vendas desse setor, com um papel importante para sua evolução, não só por meio do lançamento de tendências, produtos e serviços, como também com a exposição de cases e compartilhamento de conteúdo e experiências nas conferências e palestras", explica Ana Paula Maniero, gerente de Negócios da GS1 Brasil, Associação Brasileira de Automação.

Um dos padrões oferecidos pela entidade é o GS1 DataMatrix, código bidimensional que é referenciado pelo órgão regulador como código de barras que será impresso nos rótulos dos medicamentos, contendo informações como GTIN - código de identificação do item padrão GS1, número do registro da apresentação do medicamento junto à Anvisa, número serial, validade e lote. Todos esses dados são exigidos pelo novo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. A GS1 Brasil é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (código de barras e EPC/RFID), e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos.

Outras entidades importantes também apoiam o evento, e corroboram a importância da rastreabilidade para o setor. "Quando o sistema estiver funcionando de maneira completa, teremos inúmeros benefícios em relação à coleta de dados, melhor controle de estoque nas indústrias, distribuidoras e farmácias, e a coibição da entrada de produtos ilícitos", prevê Jair Calixto, gerente de Boas Práticas e Auditorias Farmacêuticas do Sindusfarma, Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo. Em sintonia com a rastreabilidade e outras questões atuais do setor, o especialista apresenta a palestra A Indústria Farmacêutica do futuro com base nos conceitos de "Manufatura avançada ou Indústria 4.0" durante o evento, no dia 24 de maio, às 15h50. Para acessar todas as palestras da FCE Pharma, acesse este link. 

A lei (13.410/2016) define o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos – que garante a rastreabilidade para o setor farmacêutico - foi publicada em dezembro de 2016, a partir de alterações de legislação de 2009. A partir do novo texto, existe o prazo de um ano para que indústrias possam, em caráter experimental, receber e transmitir dados referentes a, no mínimo, três lotes de medicamentos através de tecnologias como o código bidimensional DataMatrix. Após essa etapa, oito meses serão destinados a análise e correções dessa experiência. Posteriormente, dentro de três anos, o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos deverá ser implementando de maneira integral no território brasileiro.