O exército brasileiro estabeleceu como estratégia a automação de operações logísticas. Como parte deste programa, a Diretoria de Abastecimento trabalhou junto a GS1 Brasil para implantar um sistema de controle e rastreabilidade. Os produtos identificados incluem equipamentos (capacetes, mochilas, etc.), utensílios de cozinha, equipamentos para alojamento (beliches, colchões, etc.) e uniformes.
Padrão/Solução GS1 utilizado
EPC/RFID
Análise do problema
O piloto teve como premissa validar o uso do Código Eletrônico de Produtos para produtos de classe II do Exército Brasileiro.
Metas e Objetivos
O Projeto teve como objetivo:
1. Validar a viabilidade de aplicação da tecnologia EPC/RFID.
2. Aprimorar o processo e informações de rastreabilidade do processo de distribuição.
3. Aumentar a produtividade em operações automatizadas com a tecnologia EPC/RFID.
Descrição da Aplicação
O processo envolve todos os fornecedores de produtos classe II do Exército Brasileiro. Os itens e suas unidades logísticas foram identificados com um tag passivo serializado compatível com o Sistema GS1/EPC. O centro de distribuição foi equipado com portais de RFID que conseguem capturar todos os produtos que são recebidos/expedidos. O processo também tem o suporte de mensagens eletrônicas (incluindo os atributos do item). A utilização do padrão GS1 fornece visibilidade aos itens e suas unidades logísticas em diferentes centros de distribuição.
O uso obrigatório do padrão GS1 é especificado na licitação enviada a todos os fornecedores.
A GS1 Brasil também criou um novo serviço para verificar os dados gravados na tag antes do embarque das mercadorias. Este serviço assegura tanto ao Exército Brasileiro quanto aos fornecedores que o GTIN Serializado (S-GTIN) criado para cada item está em conformidade com os padrões estabelecidos pela GS1 EPCglobal. A serialização permite que cada item tenha uma identidade única e inequívoca.
A GS1 Brasil também oferece suporte aos usuários finais (empresas) e prestadores de serviços na aplicação dos padrões GS1 EPCglobal.
Participantes
Esta transformação da cadeia de suprimentos do Exército representou melhorias nas operações de estocagem e de envio e recebimento de materiais. Benefícios adicionais são esperados já que o Exército será capaz de verificar rapidamente se as unidades logísticas recebidas contém os itens comprados.
- Acuracidade = ROI na primeira operação
- 23% menos itens em estoque
- Recebimento/expedição aprimorados
Depoimento:
Segundo o coronel Luiz Antônio de Almeida Ribeiro, chefe do 21º depósito de suprimento e coordenador da iniciativa, apenas uma operação realizada em um único dia compensou quase o valor total, que aconteceu no início deste ano.
Na ocasião, o coronel montou um sistema para a chegada de alunos da Escola Preparatória de Cadetes, em Campinas. Logo que se apresentavam, suas medidas eram tiradas e cadastradas num computador.
Cada registro era relacionado a um item disponível no 21º depósito, identificado com uma etiqueta inteligente e reservado imediatamente. No dia seguinte, cada um dos 600 alunos recebeu caixas com todo o material próprio. "Antes da automatização, não podíamos correr o risco de um aluno ser impedido de entrar por falta de uniforme, então o exército enviava 30% a mais de cada tamanho de roupa. Desta vez, esse material adicional não precisou nem ser comprado", afirma o coronel, que estimou a economia feita em R$ 208 mil.
Fonte:
Brasil Econômico
Próximos passos
- Implementar RFID nos outros 15 depósitos
- Habilitar as 700 unidades operacionais com RFID
- Expansão do número de fornecedores
- Implementar tags EPC para localização
GS1 Brasil continuará a trabalhar em estreita colaboração com todas as unidades na comunidade da Defesa do Brasil, bem como toda a comunidade de fornecedores, para oferecer os benefícios dos padrões GS1 para todos os aspectos de logística da Defesa brasileiro.