Três perguntas para Ana Paula Maniero, coordenadora de negócios da GS1 Brasil
1 - A Anvisa determinou que, até 2016, todos os medicamentos sejam rastreados e o padrão da GS1 foi o escolhido para este objetivo. Qual o desafio para automatizar a cadeia produtiva?
Ana Paula Maniero - Nosso papel é o de disseminar a tecnologia e sua boas práticas junto aos setores e empresas que utilizam as tecnologias. O trabalho ao lado da indústria farmacêutica, governo, laboratórios, clínicas e hospitais será decisivo. Chegamos a tentar prorrogar este prazo com a Anvisa, pois sabemos da relutância de implantar estas tecnologias. No Brasil, muitas empresas não mudam pelo amor. Tem que ser na dor.
2 - De acordo com a entidade, qual a magnitude deste projeto?
Ana Paula - Cerca de 500 empresas farmacêuticas se enquadrarão, assim como cerca de 60 mil drogarias e 7 mil hospitais e clínicas em todo o País. O número de remédios rastreados está na casa dos milhares. O padrão DataMatrix pode identificar desde o laboratório onde foi produzida uma vacina até o posto de saúde onde ela foi aplicada.
3 - Em um plano geral, como você avalia que o uso da automação no setor de saúde pode impulsionar as tecnologias da GS1 em outras verticais.
Ana Paula - No caso da saúde, será a primeira vertical em que atingiremos massa crítica, então poderemos ver de forma efetiva os benefícios que isso poderá trazer à cadeia de produção e uso destes artigos. Esta experiência será também um marco para estabelecer novos dados e usos para outros setores.