Nas conversas que tive ao longo de 2013 com diversas fontes de informações no segmento de RFID (identificação por radiofrequência), de dentro e de fora do Brasil, incluindo representantes de companhias usuárias da tecnologia, executivos de empresas fornecedoras, empresários, acadêmicos, investidores, etc., o que mais notei foi a certeza comum de que estamos muito perto de uma nova realidade, um mundo onde todos os objetos terão uma inteligência embutida, um chip RFID que dará a estes condições de se comunicar diretamente com os computadores, informando desde sua localização até dados sobre seu estado de conservação. Isso é Internet das Coisas ou IoT, de Internet of Things.
Aqui no Brasil, assim como em outros países, muitos profissionais já compreenderam que esse mercado em processo de maturação oferece oportunidades diversas e que estas têm dois meios principais: ser consumidor dessa tecnologia ou tornar-se fornecedor de RFID.
Ouvi de um alto executivo de uma grande empresa brasileira que a RFID significa uma grande oportunidade para o País, especialmente para desenvolver uma indústria de semicondutores, graças à simplicidade de seu modelo comercial e pela oportunidade de explorar a criatividade dos engenheiros de hardware e desenvolvedores de software brasileiros. “Enquanto grandes e complexos processadores precisam de máquinas grandes e complexas, ambos com custos altíssimos, os chips de RFID, que também carregam uma complexidade extrema, podem ser vendidos colados a simples etiquetas de papel, o que os torna extremamente acessíveis”, afirmou o executivo.
Lógico que, para essa visão empresarial fazer sentido, temos de considerar o que os inlays de RFID podem fazer para melhorar as nossas vidas e incrementar os negócios. E lembrar ainda que um chip de RFID pode ser acoplado também a materiais de maior valor agregado, inclusive cápsulas metálicas que suportam altas pressões e temperaturas, que se inserem, por exemplo, em instrumentos cirúrgicos, que passam por autoclaves para esterilização.
Um dos grandes casos de sucesso deste ano foi o do Grupo Pão de Açúcar, que encontrou na RFID a solução para um problema que afetava tanto a sua área de logística quanto a contabilidade de suas redes de supermercados Pão de Açúcar e Extra, case que você pode conferir no site http://brasil.rfidjournal.com.
Durante a abertura do evento, o presidente da ABRAS, Fernando Yamada, ressaltou a importância deste estudo feito sob medida para o supermercadista conhecer as marcas Líderes de Vendas e destacá-las no ponto de venda. "Conhecer as Marcas Líderes é essencial para nós supermercadista orientarmos nossas compras”.
Por Edson Perin - Editor do RFID Journal Brasil