Cada vez mais as instituições hospitalares investem nos processos internos, em especial os que proporcionam melhoria e benefícios contínuos. Nesse sentido, têm optado por sistemas inteligentes, que refletem diretamente na qualidade e na segurança no atendimento dos pacientes durante a internação hospitalar.
GS1 Brasil, entidade responsável pela implantação de padrões globais de tecnologia de identificação dos medicamentos na cadeia da saúde realizam no próximo dia 21 de maio (quarta-feira), das 8h30 às 13h30, durante a 21ª. Feira Fórum Hospitalar 2014 – no Pavilhão Expo Center Norte – em parceria com a GS1.
Denominado Seminário Internacional de Rastreabilidade, Qualidade e Segurança, a iniciativa visa ampliar a discussão em torno da segurança dos processos e a garantia da qualidade dos medicamentos em toda a cadeia da saúde. “Este é um assunto recorrente no cenário internacional e vem ganhando rapidamente uma grande amplitude em função dos benefícios que oferece ao paciente, à indústria farmacêutica e para os hospitais”, afirma Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp.
No Brasil, a rastreabilidade de medicamentos foi instituída por lei em 2009 e desde então o tema tem sido discutido no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A principal finalidade dessa iniciativa é zelar pela qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos, evitando principalmente a falsificação e o contrabando. As estimativas são alarmantes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, acredita-se que 30% dos medicamentos comercializados em algumas regiões menos desenvolvidas do mundo, como América Latina e África, não são legítimos. Esse índice pode chegar a 50% na comercialização de medicamentos pela internet.
“A implementação baseada nos sistemas globais, tais como do Sistema GS1, segundo um relatório divulgado pela McKinsey&Company, poderia ter impedido que dezenas de milhões de dólares em medicamentos falsificados entrassem na cadeia de suprimentos” afirma João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil.
Todos ganham com a rastreabilidade. “O paciente, especialmente o internado, pela certeza de estar sendo atendido respeitando seus direitos de receber o medicamento certo, de procedência correta e com a qualidade desejada. E os hospitais, pela agilização do processo interno e na logística -- desde o recebimento, à identificação e armazenamento internos --, ausência de interferência nas informações do medicamento no sistema e otimização dos recursos humanos”, comenta Balestrin.
A implantação de padrões globais em toda a cadeia de suprimentos no setor da saúde, poderia salvar entre 22.000 a 43.000 vidas e evitar sequelas em 0,7 a 1,4 milhões de pacientes. Os padrões GS1 utilizados para implementar a Lei da Rastreabilidade, potencializam os benefícios no setor da saúde. acrescenta Oliveira.
O código de barras, definido pela ANVISA, contribui para garantir a qualidade e segurança do processo de rastreabilidade dos medicamentos. Bidimensional e mundialmente usado, o GS1 Datamatrix permite a identificação de uma série de informações dos produtos, por meio de uma mesma codificação que garante a rastreabilidade do medicamento desde o início do processo produtivo até o uso final. Outra característica importante é que em função da sua pequena dimensão e grande capacidade de armazenar informações, o GS1 Datamatrix pode ser aplicado, de forma individualizada, até em ampolas e medicamentos fracionados.
O sistema de rastreabilidade começa a ganhar uma nova dimensão no mercado de saúde. “Com o Seminário Internacional de Rastreabilidade, Qualidade e Segurança o nosso objetivo é criar oportunidade para que autoridades, indústria e hospitais possam discutir essa questão de forma aberta e em torno de aplicações bem-sucedidas”, observa Balestrin.