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A aplicação do Padrão GS1 em embalagens à vácuo de nozes pecã

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A Divinut Indústria de Nozes Ltda., está instalada em uma área de 31.500 m2 às margens da BR 153 em Cachoeira do Sul-RS, com 1.500 m2 de área construída, processando nozes-pecã mecanicamente para abastecer empresas do setor alimentício, como fábricas de doces, chocolates, balas, sorvetes, bolos, biscoitos,padarias e confeitarias, bem como as grandes redes varejistas em todo o Brasil.

A empresa nasceu há 13 anos com uma proposta específica para a cadeia produtiva da noz-pecã na parte técnica, a inovação se deu com a produção de mudas em raiz coberta (em sacos plásticos), que no mundo praticamente ainda não existia em escala comercial; no aspecto do arranjo produtivo se deu na relação com os produtores que, adquirem as mudas, recebem amparo técnico e têm a Divinut como potencial compradora de toda ou parte da sua safra.

Presente em dois dos seis biomas brasileiros: Pampa e Mata Atlântica, os pomares são implantados onde existe uma exploração agrícola, muitas vezes rodeados de vegetação original. Por ter uma proposta com agroecossistemas harmonizados com a natureza, apresentou alternativas de baixo impacto para a exploração agropecuária do Bioma Pampa no I Seminário Internacional Pampa e Sustentabilidade – Em busca de opções produtivas.

Em todos os processos envolvidos aplicam-se conceitos de eco eficiência, desde o manejo da água, onde se capta água da chuva dos telhados e dos prédios vizinhos e faz-se o tratamento, até a utilização dos próprios resíduos e os de outras indústrias, que são utilizados como substrato para as mudas. Foram desenvolvidos processos de produção de mudas, nos quais não são usados pesticidas, bem como o manejo dos pomares, cuja produção é possível sem nenhum veneno.

O processo de produção da noz

Por meio do Sistema Divinut de Produção, SDP, as mudas são manejadas com base agrossilvipastoril (sistema adequado à realidade do pequeno agricultor familiar) com baixa mecanização e uso de insumos com alto valor econômico, social e ambiental. Esse sistema de parcerias para produção de nozespecã, em que se busca a diversificação através de uma relação ganha-ganha, foi pioneirismo mundial da Divinut.
Atualmente, a empresa possui em seu viveiro 400 mil mudas em todas as fases, acomodadas em canteiros sombreados e em estufas totalmente equipadas com fertirrigação e adubação foliar. São mais de 1.200 matrizeiras próprias, com rastreabilidade genética até os Estados Unidos.

Foram desenvolvidas e construídas máquinas para o descascamento e seleção. Em um processo com segurança alimentar, utilização de boas práticas de fabricação (BPF), certificação Kosher (regras judaicas), pela Brazilian Kosher Autority (BKA), produzem-se nozes em pasta, farinha, pedaços e moída em diversas granulometrias e metades para decoração, disponíveis durante todo o ano.

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A necessidade do código de barras em embalagens a vácuo

Desde o surgimento da empresa em 2000, já houve a aplicação de identificação padronizada nos produtos da empresa. De acordo com o fundador, esta decisão dos produtos nascerem com códigos de barras foi para atender posteriores demandas, ou seja, o intuito era vender nos principais centros comerciais, pois com o plano de marketing e de negócio, esta era a perspectiva futura de mercado.

A Divinut enxergava o código de barras como uma necessidade comercial e isso fez com que começassem a fornecer a clients que já trabalhavam com a tecnologia. Então, a empresa detectou que cada cliente possuía uma necessidade diferente, e cada produto com características distintas deveria ter seu próprio código.

A utilização do padrão GS1 começou com o GTIN (Chave Global atribuída para a identificação de item comercial/serviço que precisa ser precificado, encomendado e faturado em qualquer ponto da cadeia de suprimentos),
no caso com o GTIN-13/EAN-13, nos itens vendidos no varejo, e GTIN-14/ITF-14 nas caixas de embarque (o código de barras recomendado para unidades logísticas que não passarão pelo ponto de venda e que pode ser impresso diretamente em substrato corrugado - caixa de papelão - oferecendo um bom desempenho de leitura).

No caso das embalagens, por serem a vácuo, houve a questão da aplicação do código para que o mesmo ficasse de forma visível, aplicado corretamente para leitura adequada.
As embalagens foram feitas em náilon polietileno com 5 camadas e com barreira de gases, que garantem 6 meses de vida útil em temperatura ambiente. Estas embalagens das nozes-pecã descascadas, desidratadas e separadas em diferentes granulometrias apresentam-se a vácuo com 100g, 500g, 1kg e 5kg. Elas foram desenvolvidas de forma que a identificação coubesse na etiqueta logo após o selamento da embalagem, assim a informação não ficaria distorcida sendo possível a leitura.

Esses itens foram identificados com etiquetas com o código de barras (EAN-13, suporte de dados do GTIN-13), pois são vendidos no varejo.

Nas caixas de embarque, feitas de papelão duplo são 5kg e 10kg, contendo 2 embalagens de 5kg, 10 embalagens de 1kg ou 20 embalagens de 0,5kg, foram aplicados o ITF-14, suporte de dados do código GTIN-14.

Identificação no processo de produção

O processo se inicia quando a produção vem com casca diretamente do produtor. Neste momento, é feita a pesagem e uma separação por meio do maquinário que executa esta atividade selecionando por tamanho. Após essa separação, a produção é lavada a frio com água corrente e mergulhada em água aquecida para desinfecção térmica, passando então pela calha de inspeção para retirada de irregularidades. A produção inspecionada é levada ao descascador, onde é feita a quebra e separação das nozes por meio de peneiras em granulometrias menores.

Com isso, esta amêndoa passa por um depurador e no caso de grãos maiores, é passada por outro tipo de depurador. Isso porque as amêndoas são separadas e peneiradas de acordo com a demanda do cliente.Enquanto isso, as cascas são enviadas a orquidófilos e cultivadores de bromélias onde se tornam substratos para mudas, e também para fabricantes de chá onde são reaproveitadas para este fim. Ainda dentro da fábrica, há uma logística interna que transporta os itens embalados para a expedição onde recebem as etiquetas (com a identificação e logomarca) e inserem-se as informações variáveis como: o lote, validade e fabricação.

Essas etiquetas são geradas quando é feita a montagem de pedidos a serem atendidos e impressas diretamente em Gráficas com a logomarca e com os códigos gerados pela Divinut por meio do CNP (Cadastro Nacional de Produtos). As gráficas parceiras envolvidas neste processo são a “Nacional Gráfica de Indaial” e a “Fazendo Arte”.

Os ganhos

Para o fundador da empresa, “Hoje em dia é impossível uma empresa organizada e que queria lucrar não utilizar os códigos de barras no padrão global GS1 em seus produtos, hoje não é mais uma opção e sim uma necessidade”.

Dentre os ganhos identificados pela empresa estão:

  • a possibilidade, facilidade e agilidade em vender nos varejos de pequeno a grande porte;
  • a otimização na gestão do estoque;
  • o aumento na produtividade com maior controle interno, afinal com automação e informação é possível aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios do Mercado.

Além disso, a empresa foi capaz de apurar seu Sistema de Qualidade implementando:

  • 5s, 5W2H, MASP e GUT.
  • E inserindo programas dentro dos Manuais:
  • de BPF (Boas Práticas de Fabricação);
  • PPHO (Procedimento Padrão de Higiene Ocupacional);
  • APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle);
  • PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais);
  • PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional);
  • MPO (Manuais de Procedimento Ocupacional).

E tornando assim a empresa avaliada pelo:

  • PGQP (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade).

Com estas melhorias em processos, hoje são mais de 1.200 produtos parceiros atendendo a mais de 300 municípios da região sul do Brasil e São Paulo, sendo que grande parte está iniciando a produção, o que significa que em 4 anos a produção será colhida, gerando então uma grande alavancagem na oferta do produto no mercado.

Próximos projetos

Com a alavancagem da colheita no setor, a empresa considera uma inserção no Mercado exterior e a identificação global nos padrões GS1 facilitará sua penetração e venda nesse mercado.

Além disso, a empresa deve começar um novo processo com foco na rastreabilidade, ou seja, utilizar a informação que já aplica no produto, o lote, validade e fabricação para fins de rastrear os produtos em sua cadeia. Para a Divinut, com o lote na embalagem é possível saber de qual produtor rural a noz foi recebida.

Este é o maior objetivo deste próximo projeto, implantar a rastreabilidade, por completo, em seus produtos.

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